Ferreira Gullar

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  Atualizado em 4/12/2016
 


Poeta Ferreira Gullar

04/12/2016 - Morre o Poeta Maranhense Ferreira Gullar aos 86 anos.
O escritor estava internado há 20 dias devido a insuficiência respiratória, no hospital Copa D’Or, no Rio de Janeiro. A causa do morte foi pneumonia.

Biografia - Ferreira Gullar:

Ferreira Gullar nasceu em São Luís, em 10 de setembro de 1930, com o nome de José Ribamar Ferreira. É um dos onze filhos do casal Newton Ferreira e Alzira Ribeiro Goulart. Sobre o pseudônimo, o poeta declarou o seguinte: "Gullar é um dos sobrenomes de minha mãe, o nome dela é Alzira Ribeiro Goulart, e Ferreira é o sobrenome da família, eu então me chamo José Ribamar Ferreira; mas como todo mundo no Maranhão é Ribamar, eu decidi mudar meu nome e fiz isso, usei o Ferreira que é do meu pai e o Gullar que é de minha mãe, só que eu mudei a grafia porque o Gullar de minha mãe é o Goulart francês; é um nome inventado, como a vida é inventada eu inventei o meu nome". Ferreira Gullar teve dois filhos esquizofrênicos. Segundo Mauricio Vaitsman, ao lado de Bandeira Tribuzi, Luci Teixeira, Lago Burnet, José Bento, José Sarney e outros escritores, fez parte de um movimento literário difundido através da revista que lançou o pós-modernismo no Maranhão, A Ilha, da qual foi um dos fundadores. Muitos o consideram o maior poeta vivo do Brasil e não seria exagero dizer que, durante suas seis décadas de produção artística, Ferreira Gullar passou por todos os acontecimentos mais importantes da poesia brasileira e participou deles. Morando no Rio de Janeiro, participou do movimento da poesia concreta, sendo então um poeta extremamente inovador, escrevendo seus poemas, por exemplo, em placas de madeira, gravando-os. Em 1956 participou da exposição concretista que é considerada o marco oficial do início da poesia concreta, tendo se afastado desta em 1959, criando, junto com Lígia Clark e Hélio Oiticica, o neoconcretismo, que valoriza a expressão e a subjetividade em oposição ao concretismo ortodoxo. Posteriormente, ainda no início dos anos de 1960, se afastará deste grupo também, por concluir que o movimento levaria ao abandono do vínculo entre a palavra e a poesia, passando a produzir uma poesia engajada e envolvendo-se com os Centros Populares de Cultura (CPCs). Em 2014, ele foi considerado um imortal na Academia Brasileira de Letras.

 

Livros publicados por Ferreira Gullar:

Poesia

"Um pouco acima do chão" (1949)
"A luta corporal" (1954)
"Poemas" (1958)
"João Boa-Morte, cabra marcado para morrer" [cordel] (1962)
"Quem matou Aparecida?" [cordel] (1962)
"A luta corporal e novos poemas" (1966)
"Por você, por mim" (1968)
"Dentro da noite veloz" (1975)
"Poema sujo" (1976)
"Na vertigem do dia" (1980)
"Crime na flora ou ordem e progresso" (1986)
"Barulhos" (1987)
"Formigueiro" (1991)
"Muitas vozes" (1999)

Crônica
"A estranha vida banal" (1989)

Infantil e juvenil

"Um gato chamado gatinho" (2000)
"O menino e o arco-íris" (2001)
"O rei que mora no mar" (2001)
"O touro encantado" (2003)
"Dr. Urubu e outras fábulas" (2005)

Conto

"Gamação" (1996)
"Cidades inventadas" (1997)

Memória
"Rabo de foguete" (1998)

Biografia

"Nise da Silveira" (1996)

Ensaio

"Teoria do não-objeto" (1959)
"Cultura posta em questão" (1965)
"Vanguarda e subdesenvolvimento" (1969)
"Augusto dos Anjos ou morte e vida nordestina" (1976)
"Uma Luz no Chão" (1978)
"Sobre Arte" (1982)
"Etapas da Arte Contemporânea: do Cubismo à Arte Neoconcreta" (1985)
"Indagações de Hoje" (1989)
"Argumentação Contra a Morte da Arte" (1993)
"Relâmpagos" (2003)
"Sobre Arte, sobre Poesia" (2006)

Teatro

"Se Correr o Bicho Pega, se Ficar o Bicho Come" (1966), com Oduvaldo Vianna Filho
"A saída? Onde fica a Saída?" (1967), com Antônio Carlos Fontoura e Armando Costa
"Dr. Getúlio, Sua Vida e Sua Glória" (1968), com Dias Gomes
"Um rubi no umbigo" (1978)
"O Homem como Invensão de si Mesmo" (2012)

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