
PROGRAMACAO - Arraiais de São Luís
O que preocupa mesmo as autoridades brasileiras não é tanto a cocaína em pó (mais consumida pelas classes de maior poder aquisitivo) e sim o crack, sua variante fumável, que vicia com apenas 3 ou 4 doses e faz efeito em menos de 10 segundos. Mais barato que a cocaína (uma dose custa cerca de R$ 5,00), o crack está se alastrando no país com uma rapidez comparável à de sua ação no organismo. A "pedra", como é conhecida, em 10 anos conquistou 120 mil usuários, é quase sinônimo de dependentes. Na parte mais decadente das cidades, o tráfico cria uma espécie de feira livre de venda e uso da pedra, a Crackolândia. Nas Crackolândias, é comum encontrar meninas de menos de 18 anos se prostituindo em troca de crack ou de dinheiro para comprá-lo. As maiores vítimas são os meninos de rua. Tornou-se uma epidemia ao entrar nos guetos miseráveis das cidades e nas zonas rurais, onde faz estragos na vida de crianças e adolescentes pobres. Mas nem todos os viciados são pobres.
O crack custa menos do que a cocaína em pó porque é um produto mais grosseiro. As duas drogas partem da pasta-base da coca, obtida pela mistura das folhas esmagadas com querosene e ácido sulfúrico diluído, podendo levar amônia, gasolina, querosene e até fluido de bateria. Até o pó, são necessárias outras etapas de purificação, em que entram éter, acetona e ácido clorídrico. O crack, em forma de pedra, é a própria pasta misturada com bicarbonato de sódio. O nome imita o som das pedras queimando no cachimbo, geralmente improvisado (até com pedaço de antena de carro e um pote de iogurte). O efeito dura de 1 a 2 minutos. É a droga com maior capacidade de criar dependência, oferece uma curta, mas intensa euforia aos fumantes.
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