Bloqueado por uma Igreja
Hoje (30/10/2024) tive uma experiência que, infelizmente, ilustra as dificuldades de comunicação que encontro como missionário até mesmo dentro da própria comunidade cristã. Entrei em contato com uma igreja de outra cidade pelo instagram, na tentativa de conseguir o apoio de algum irmão ou irmã que pudesse acompanhar uma jovem com quem conversei recentemente. Ela entregou sua vida a Jesus e está nos primeiros passos de sua caminhada de fé, mas mora longe, e precisa de acolhimento e suporte próximos para fortalecer sua nova vida em Cristo.
Minha intenção era simples: garantir que ela tivesse alguém por perto, disposto a ajudar, um irmão que pudesse orientá-la e acolhê-la. A resposta que recebi foi apenas o informativo dos horários dos cultos e uma indicação de desconfiança: "se caso ela existisse mesmo", ela deveria ir até a igreja para comparecer presencialmente. Quando tentei explicar que o caso era uma situação delicada, meu comentário foi apagado e fui bloqueado, sem chance de explicar ou dialogar mais.
Eu entendo que, em tempos de tanta desconfiança e golpes, é importante agir com prudência. Afinal, eles não me conheciam. Mas nem ao menos se dispuseram à me ouvir. É triste perceber que, muitas vezes, o próprio espírito de acolhimento e compaixão de Cristo parece não transparecer em nossas ações e respostas. Fui lembrado do quanto é necessário sermos uma igreja com portas e corações abertos, dispostos a pelo menos ouvir aqueles que ainda estão com dificuldades para se entrosar na comunhão.
Como missionário, essa experiência reforça o quanto ainda precisamos crescer no entendimento do que significa ser uma unidade em Cristo, independente de cidade, estado ou denominação. Devemos sempre estar prontos para "nos tornar tudo para todos", como a Bíblia nos ensina, a fim de que o maior número possível conheça o amor de Deus e se sinta amparado em sua caminhada de fé em Cristo.
Que possamos refletir sobre o chamado do evangelho para sermos apoio uns aos outros, demonstrando o amor e a humildade de Cristo em cada oportunidade de servir.
P.S.: Não se trata meramente de um desabafo, eu já perdoei no meu coração. Mas sim de uma preocupação genuína com o testemunho de uma igreja que carrega o nome de Cristo.
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