O que Jesus falou sobre o São João

O que Jesus falou sobre o São João

 
O que Jesus falou sobre o São João?
Nada. Não tinha essas festas naquela época. Mas Ele provavelmente abordaria a questão focando no coração e nas intenções dos participantes por trás de cada manifestação cultural, ao invés de focar nas práticas de danças e apresentações em si.


Então pode comer canjica, pamonha, mingau de milho e outras comidas típicas?
Jesus ensinou que não é o que entra pela boca que contamina o homem, mas sim o que sai do coração.
 "Aquilo que entra pela boca da pessoa não pode fazê-la ficar impura, porque não vai para o coração, mas para o estômago, e depois sai do corpo. Com isso Jesus quis dizer que todos os tipos de alimento podem ser comidos. Ele continuou: - O que sai da pessoa é o que a faz ficar impura." Marcos 7:18-20  
 

A Liberdade em Cristo
Jesus também falou sobre a liberdade dos filhos de Deus e a necessidade de viver de acordo com a verdade:
 "Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele:Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará." João 8:31-32
Paulo, em suas cartas, ensinou sobre a liberdade em Cristo. Em Romanos 14, ele fala sobre a liberdade cristã e a importância de não julgar os outros por suas práticas culturais, desde que estas não levem a pessoa a pecar:
"Tens tu fé? Tem-na em ti mesmo diante de Deus. Bem-aventurado aquele que não se condena a si mesmo naquilo que aprova. Mas aquele que tem dúvidas, se come, está condenado, porque não come por fé; e tudo o que não é de fé é pecado." Romanos 14:22-23

Mas quem é esse João do São João?
O João homenageado no São João é: João Batista, primo de Jesus. (E não o João que escreveu o Evangelho de João.) Foi João Batista quem batizou Jesus no Rio Jordão. João Batista pregava no deserto da Judeia, comia gafanhotos e mel silvestre, se vestia com roupas de pelos de camelo com um cinto de couro. Ele parecia ser uma figura bem excêntrica e muito dedicada a sua missão espiritual. Jesus elogiou João como o maior entre os nascidos de mulher, destacando sua importância como o mensageiro que preparou o caminho para Sua própria vinda. João Batista foi martirizado e decapitado por ordem de Herodes Antipas, devido às críticas ao rei. João Batista foi mais do que um profeta; ele foi o precursor direto do Messias. 

O Testemunho e o Contexto Cultural
Jesus se misturava com todos, incluindo aqueles considerados pecadores, doentes e marginalizados pelos religiosos da época (Mateus 9:10-13). Ele demonstrou que o testemunho cristão muitas vezes é exatamente estar presente em meio à cultura, para ser luz e sal (Mateus 5:13-16), em vez de se isolar dela. Ele levaria em conta o contexto cultural e incentivaria seus seguidores a serem agentes de transformação dentro de suas culturas. Mas que isso não seja desculpa para o pecado ou se expor ao perigo de tentações.

DISCERNIMENTO:
Jesus ensinou que o amor a Deus e ao próximo é o mandamento mais importante (Mateus 22:37-40). Se as celebrações promovem o amor, a alegria e a comunhão entre as pessoas, elas podem ser vistas como positivas. O foco deve ser em como essas festas culturais podem refletir ou não princípios que promovem o amor ao próximo, a justiça e a busca por Deus em espírito e em verdade. Coloque isso diante de Deus: Será que Ele realmente se agradaria que eu participasse disso?


O Espírito do Mundo
Jesus e os apóstolos ensinaram que o verdadeiro perigo está no "espírito do mundo" – atitudes de maldade, imoralidade, inveja, ostentação, corrupção e hipocrisia (1 João 2:15-17). O apóstolo Paulo descreveu o mundo como um espírito de maldade e não como lugares ou objetos específicos (Efésios 2:2). Jesus diria que o foco deve ser em evitar essas atitudes e não necessariamente em evitar práticas culturais em si.

PORÉM:
Paulo aborda um tema semelhante ao falar sobre alimentos sacrificados aos ídolos:
"Cuidado, porém, para que o exercício da liberdade de vocês não se torne uma pedra de tropeço para os fracos."
1 Coríntios 8:9-13

Paulo fala sobre a responsabilidade de não ser uma pedra de tropeço para os outros, especialmente no contexto de questões disputáveis, como a alimentação:
"Portanto, deixemos de julgar uns aos outros. Em vez disso, façam deste o propósito de vocês: não pôr pedra de tropeço ou obstáculo no caminho do irmão. Eu sei e estou convencido no Senhor Jesus de que nenhuma coisa é impura em si mesma. Mas se alguém pensa que algo é impuro, para ele é impuro. Se o seu irmão se entristece por causa do que você come, você já não está agindo por amor. Não destrua a comida de seu irmão, por quem Cristo morreu. Portanto, não permitam que aquilo que vocês consideram bom seja falado como mal. Pois o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo; aquele que assim serve a Cristo é agradável a Deus e aprovado pelos homens. Por isso, esforcemo-nos em promover tudo quanto conduz à paz e à edificação mútua. Não destrua a obra de Deus por causa da comida. Todos os alimentos são puros, mas é errado comer qualquer coisa que faça os outros tropeçarem. É melhor não comer carne nem beber vinho, nem fazer qualquer outra coisa que leve seu irmão a cair."
Romanos 14:13-21

REFLEXÃO:

Se Jesus falasse sobre as festas juninas hoje, Ele provavelmente diria que a participação nessas festividades deve ser guiada pela pureza de coração e pela intenção de promover o amor, a justiça e a comunhão. Ele enfatizaria que a verdadeira adoração a Deus é em espírito e em verdade, e que o amor ao próximo deve ser o princípio orientador em todas as coisas. Assim, Ele nos chamaria a viver a liberdade em Cristo com responsabilidade, evitando o espírito do mundo que se manifesta em atitudes malignas, imorais, idólatras e hipócritas, e não meramente em práticas de danças e apresentações culturais.