Rua Grande - Centro - São Luís

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  Atualizado em 29/04/2020
 


Rua Grande - Centro de São Luís
Endereço: Rua Osvaldo Cruz - Centro de São Luís
É a rua mais movimentada de São Luís onde se concentra o comércio formal e informal


29/04/2020 - O governador determinou o bloqueio da Rua Grande a partir do dia 30/04/2020
Devido a grande aglomeração de pessoas no local nos últimos dias, o que pode aumentar os casos de infecção por Covid-19. Com a lotação de leitos de UTIs na rede particular, hospitais pediram ao governador a decretação do lockdown, o bloqueio total das atividades. O governador informou que vai determinar medidas mais rígidas para conter a aglomeração de pessoas.



Projeto de revitalização da Rua Grande
O que será feito:
- Retirada dos Postes
- Cabeamento elétrico subterrâneos
-Troca dos paralelepípedos por piso de granito (tipo shopping)
- Instalação de nova rede de esgoto

Início das Obras:
Junho de 2015

Prazo de entrega:
18 meses (Dezembro de 2016)

Orçamento:
R$ 35 milhões

Realização:
Governo Federal - PAC Cidades Históricas
Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan)



Projeto de Padronização dos Camelôs

Quando: até final de 2013
Onde: Rua Grande e ruas transversais

Nova Barraca de Camelô Padrão:
1,20m de comprimento
0,80m de largura
Estrutura desmontável

Vantagens:
- Melhora do fluxo dos Pedestres
- Comércio equilibrado entre camelôs e lojistas
- Barracas organizadas
- Cadastro de Ambulantes

Telefone - Informações:
(98) 3214-5106

Realização:
Secretaria de Urbanismo e Habitação - Semurh
Sindicato dos Vendedores Ambulantes de São Luís
Associação de Ambulantes



Mapa da Rua Grande:

 
Outros Nomes:
Caminho Grande - Rua Oswaldo Cruz - Rua Grande


Rua Grande em 1950

História da Rua Grande:

Presente desde tempos imemoráveis na vida de São Luís, a Rua Grande tem sua história muitas vezes confundida com a da própria cidade, haja vista que oficialmente foi iniciada a partir do ano de 1640, quando surgem seus primeiros registros. Noutros tempos, a Rua Grande já se denominou Estrada Real, Rua Larga e depois Caminho Grande aproximadamente em 1665, sendo ampliada e servindo como caminho dos carros-de-boi que transportavam mercadorias do centro até o bairro do Cutim. Mesmo com toda a sua importância, ela só teve seu calçamento concluído no ano de 1855, quando já existiam ao longo de sua extensão mais de 160 casas. Mas apesar disto, surgiram vários problemas com a pavimentação. Somente na administração do Governador José Inácio Belfor Vieira, surgiu a ideia de fazer o calçamento das pedras com cimento. Em 1912, com a participação decisiva da Ullen Company, com seu fornecimento de energia, foi-se possível o transporte com linhas de bonde em toda a sua extensão, além de uma linha transversal que ia do Largo dos Remédios até a Quinta do Matadouro (hoje São Pantaleão), passando pelas Ruas Rio Branco, do Passeio e a atual Rua do Norte. A primeira com passageiros ocorreu em 1924, na administração de Godofredo Viana. O carro principal era o de nº 05, e nele viajaram o Presidente do Estado, altas autoridades locais e membros da empresa construtora. Na esquina do Beco do Teatro, antes a Travessa do Sineiro, encontra-se a antiga residência de Ana Janse. Mais tarde esse sobrado foi sede do célebre Casino Maranhense, que realizava suas festas caranavalescas na parte superior do imóvel. Embaixo funcionava o Bazar Valentim Maia. O Casino era uma das melhores casas do gênero, sendo superado apenas pelo Lítero. Esteve em atividade ainda por muitos anos, a famoso Cine Éden, considerado por todos a sala de projeções mais importante da cidade. Seu desaparecimento foi um dos mais hediondos atentados contra o patrimônio cultural. No período compreendido entre os anos de 1920 e 1985, a Rua Grande sofreu os piores absurdos do ponto de vista arquitetônicos e urbanísticos tendo muitos prédios demolidos ou completamente alterado, além dos excessos praticados pelos novos usuários, que na sua maioria tiveram seu uso mudado de residencial para comercial, gerando grande poluição visual, e quase sempre escondendo suas características arquitetônicas. Somente no ano de 1986 por força de um tombamento feito pelo Governo do Estado de uma a´rea de 160 hectares no centro histórico de São Luís que abrangia praticamente toda a extensão da Rua Grande, começaram a ser tomadas algumas medidas visando sua restauração e conservação. Teve seu ápice no ano de 1990, quando executadas as mais amplas obras de reforma e reconstituição de sua história, onde foram o alargamento das calçadas, manutenção da pista de paralelepípedo prevendo a implatação das instalações por via subterrânea, adotando-se ainda uma política de valorização das edificações com a recuperação das fachadas e padronização da publicidade, tentando assim manter viva a história da Rua Grande e de toda a São Luís.


Cronologia - Fatos Históricos:

 1640 - Por ocasião da invasão dos holandeses, a Rua Grande já possuía 4 quadras e alguns edifícios - indo até a rua da Cruz, e já se configurava como caminho de acesso ao interior da ilha.

1665 - Governantes transformam o caminho em rua, permitindo a passagem de carros de boi, favorecendo o transporte de cargas do Centro ao Cutim.

1743 - Época da construção da Igreja de Nossa Senhora da Conceição dos Mulatos, sede paroquial a partir de 1805.

1844 - A Rua Grande já se estendia até a rua do Outeiro e, a partir daí, era chamada de Caminho Grande, onde existiam várias Quintas, e se prolongava até as Fortificações de proteção contra a invasão dos indígenas, nas proximidades do bairro do Monte Castelo, permanecendo como caminho de acesso à zona rural.

1855 - Em 10 de março deste ano, é concluído o calçamento, após quase três anos de serviços, durante a administração do Sr. Eduardo Olímpio Machado, custando ao governo a quantia de 14:857$530 réis.

1866 - Existiam 178 casas construídas ao longo desta via.

1867 - Novo calçamento foi realizado por João Pereira Leite, contratado por 7:760$000 réis para um trecho de 4.500 braças.

1868 - Menos de um ano depois, a 25 de maio, Dr. Jansen Ferreira fechou novo contrato para o calçamento de 1.170 braças quadradas com o Capitão-de-Engenheiros, Dr. Francisco Gomes de Sousa, no valor de 15:210$000 réis. A obra incluía os paredões para segurança de barreiras.

1897 - O governador Manuel Inácio Belfort Vieira surgiu com a idéia do assentamento das pedras com cimento.

1912 - Instalação de uma oficina em Icatu, especializada na lavra de pedras de granito no formato de paralelepípedos, usadas no calçamento das ruas.

1912 - Com a Igreja da Nossa Senhora da Conceição como sede da Freguesia do mesmo nome, a rua Grande possuía linha de bonde em toda sua extensão, indo até o Anil, e outra que cortava ligando o Largo dos Remédios até a Quinta do Matadouro (São Pantaleão), pelas ruas Rio Branco, do Passeio, e a atual rua do Norte.

1920 - Conforme Lei Municipal desta década, que exigia a construção de platibandas nas edificações, o aspecto colonial foi seriamente alterado.

1939 - Foi demolida a Igreja N. S. da Conceição, e no local foi erguido mais tarde o edifício Caiçara.

1940 - Na execução do Plano de Reforma Urbanística da cidade de São Luís, na gestão do interventor Paulo Ramos, o antigo Caminho Grande recebeu "magnífica pavimentação" e arborização. Foi feita a reforma da Praça João Lisboa e a abertura da avenida Magalhães de Almeida, com a destruição de algumas casas do início da rua Grande.

1979 - Durante a administração de Mauro Fecury, houve a segunda tentativa de fechamento da rua Grande e algumas das suas transversais, para o trânsito de veículos. A primeira tentativa foi feita durante a gestão do Major Pereira dos Santos, na década de 50, abrangendo o trecho entre a praça João Lisboa e a rua da Cruz.

1986 - O Decreto de Tombamento Estadual de uma área de 160 hectares, no Centro Histórico de São Luís, abrangeu praticamente toda a rua Grande.

1990 - A Prefeitura executa um novo projeto de urbanização para a rua, com o alargamento das calçadas, incluindo piso em placas de concreto pré-moldadas, mantendo-se a pista com paralelepípedos, prevendo a implantação das instalações por via subterrânea. Adotou-se uma política de valorização das edificações, com a recuperação das fachadas e padronização da publicidade.


Foto: Miécio Jorge, Álbum do Maranhão, 1950.
Cronologia: Livro Um Passeio no Tempo (Paulo Melo de Souza, 1992)



Lista de Lojas da Rua Grande:

(é muita.. não dá pra botar tudo, mas tem muito camelô!)
e a cada esquina tem uma Ótica Diniz ;D

Onde Tem Rua Grande, Tem Kamaleao!

Bruno Weasley
''a cada 15 cm tem uma óticas diniz'' KKKKKKKKKKK
| 26/03/2013
Daureane
Espero muito que a nosso querido patrimônio seja restaurado.
| Daureanepaiva@hotmail.com 16/07/2016

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